Vem pra zoeira
Hoje o morro faz a festa
Se manifesta assim
É tropicália pra sambar a noite inteira
No carnaval do Tuiutí
Chegar ao paraíso
Oh pindorama que o poeta desenhou
Entre cascatas, araçás e bananeiras
A revolução se iniciou
Sou brasileiro, meu pecado é minha fome
Se os bons modos me consomem
Me transformo num índio guerreiro
Não sou recatado e nem do lar
Tupi or not tupi, eis a questão
E pode acreditar
Vou refundar a minha nação
Tropical liberdade de sonhar
Devorar, ver na vida a poesia
Viva a mulata ê, viva a Bahia
No carnaval, o som que contagia
Pela desordem, conclamo as tribos
O coração que balança o tamborim
Na selva de pedra, vanguarda criei
Meu colorido é espelho de mim
Te encontrei caminhando contra o vento
E revelei a arte em cada momento
Um sentimento unindo todo o continente
Irreverente, espetacular
Chacrinha mandou te chamar
