Eu também quero ser índio Pra bater o meu tambor ôôô A alma da mata no meu coração Meu tuiuti vai fazer a revelação Velas ao mar Um paraíso nos espera Um novo mundo, uma quimera O eldorado a procurar Então, o aventureiro ouviu o canto da sereia A fúria da aldeia É resistência contra a invasão Da expedição, vão o levar Tupinambás em ritual Inferno verde, a força vital Pra combater os goitacás Tupiniquins, portugueses e carajás Devora minh'alma, agora Levanta pra guerra, é hora Para a fome de vingança, a chama corrente É olho por olho e dente por dente No cativeiro, ele viu O índio mostrando a sua raiz A caça e a pesca, o canto e a reza As luzes da floresta em matiz E assim, quando conseguiu fugir Sua história fez surgir uma ideologia Um sentimento de liberdade Recriando a arte para um novo dia Ô curumim, a vitória vai chegar Chama cunhatã, que eu vou contar