Eparrey Oyá! Deixa Clarear! Abram caminhos, Madureira chegou Moderna pintura, perfeita aquarela É Clara e Portela num quadro de amor Na tela do “meu lugar” Tem jaqueira onde canta a Sabiá Morena brejeira, tecendo a canção Bordada nas cores de uma nação Tem zabumba e viola, tem triângulo e pandeiro E uma lua, candeeiro, pra “alumia” Tem saudade da Dindinha, do interior de Minas E sanfoneiro pra te conquistar Mergulhou no azul da Portela Se banhou na lira dos poetas Com gingado amarrado na canela Será que ela é do samba? Será que o samba é ela? Saia rodada no jongo da gira na areia De pés descalços na beira do mar é sereia Guerreira da fé guardiã Na proteção de Ogum e Iansã Oo oo! É de Ketu, de Angola, de Jeje e Nagô Oo oo! É um banzo, é reza, lamento de dor Ilu Ayê, Ilu Ayê… Oh Clara! Sagrada é sua voz… Odara! Salve Nossa Senhora e os Orixás Oferendas em notas musicais Voa águia ao infinito e vai buscar De volta a estrela para o nosso altar