Preta sim! Porque a dor da favela É a cor da mazela Que há em mim Fiz de sua bandeira A mais verdadeira luta Onde o que se cala Até hoje é senzala Meu lugar de fala e fim Medo não Assina a coragem Em teu sobrenome Menina magrela Manchou a aquarela do homem Na imagem que choca O talento provoca E evoca o Planeta Fome Canta, mulher! A rouca liberdade Moça, mulher! Poder e igualdade Ergue essa voz Por todos nós Haja o que houver (Canta mulher) Iê minha nega é feitiço Catiço de vela É reza na missa Exu Sentinela Tambor que atiça a revolução Se a vida por pernas tortas Reabre as portas Na estrela guia É força estranha O grave que arranha a hipocrisia Na carne um corte profundo Espelho pra Vila Vintém Até o fim do mundo Ninguém solta a mão de ninguém Deusa resistência Negra entidade Dom que fundamenta a brasilidade Por todo canto que Soares, Elza Salva a Mocidade, minha Mocidade! (É preta)