Eu grito em silêncio, teu nome! Pra o teu ouvido implorar minha voz. Voz que te arrepia, som que te consome, Te força todo dia a lembrar de nós! É pedaço de amor, Rebento de saudade, Um calo de felicidade, A machucar teu coração. Rajada de calor, Que no teu corpo invade, Dando uma surra de vaidade, No frio da objeção, E nessa objetividade, Se faz de maluca, Não sabe sair da sinuca, E tenta se enganar. Mas eu te mostro a verdade, Te apertando a nuca, Cê cai na minha arapuca, Quero ver não me beijar. É como querer que o dois, Não seja um mais um, Depois me fica sem nenhum, Me chamando pra somar, Aí divide tudo sem motivo algum, E nesse erro incomum, Acaba sem multiplicar, E nessa multiplicidade, Não dá sinal verde, Chora no canto da parede, Sem conseguir enxergar, Que esse veneno que tu toma, Pra matar a sede, É pra morrer na minha rede, Implorando pra eu pescar.