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Coro ao Vento

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Quando o vento soprar novamente                
Trará as flores
Trará a água  
Meu corpo de ferro incandescente          
Queimará incenso  
Evaporará mágoas 
Quando o vento bater em meu rosto 
Cheirarei perfume 
Cairei no mar 
Deixarei de vez este meu posto 
Desabrocho fértil 
Ponho-me a navegar 
Ao zumbir em meus ouvidos o vento 
Respirarei fundo 
Beberei goladas 
Quando cair de mim o véu do tempo 
Tornar-me-ei suave 
De alma lavada 
Depois da parada serei a mais forte 
Lábios de pétalas 
Lágrimas de gelo 
Quando o vento vier com minha sorte 
Espada de São Jorge 
Amor líquido e zelo.