A luz azulada Que ilumina a sala mas cega O telespectador que espera A mesma felicidade diária De milhares sem direito a pensar A riqueza estampada Que incentiva a comprar por inveja Por trás da beleza que o anúncio prega A crítica não é mais necessária Já não sabemos reclamar E agora que esse modo de vida em nossa sala entrou Audiência garante no bolso dos outros valor Explorando o seu tempo, sua vida, sua mente vazia Silêncio no estúdio é hora do show Luz, câmera, ação Tá na hora da encenação Patriotismo dá pontos no horário nobre da televisão Olho na programação E obrigado pela atenção Entretenimento gratuito diário pro povo é só distração A informação Que chega a nós com cara de nova Repete a mesma indecente história Que foi contada semana passada Esqueça, é hora do jantar A declaração Bombástica feita por quem te explora Distrai como se fosse a última moda Criada pelos que te chamam massa De milhares sem direito a pensar E agora que esse modo de vida em nossa sala entrou Audiência garante no bolso dos outros valor Explorando o seu tempo, sua vida, sua mente vazia Silêncio no estúdio é hora do show Luz, câmera, ação Tá na hora da encenação Patriotismo dá pontos no horário nobre da televisão Olho na programação E obrigado pela atenção Entretenimento gratuito diário pro povo é só distração A fuga ao controle Em cores ao vivo É bem mais que um vício Parece difícil Encarar o fato Você sentado É quase programado, quase programado Que só observa Se esconde atrás de uma desculpa qualquer Só vê o que quer, o que mais lhe convém O que o faz sentir bem Se nega a aceitar que é o próprio refém