Uma linha tênue, entre ceder E quebrar a máquina de costura Ela faz os pontos Mas você a controla A cada passo do tênis desamarrado Encontro um sapato a velcro Basta querer e um simples gesto Da coragem ao resto Seu corpo continuou lá Onde deveria estar Negou a segregação E da sua honra não abriu mão Quebrou o isolamento Da história virou monumento Sua dignidade subiu aos céus E por tanta coragem ela virou réu A primeira fila leva os dignos de punição A segunda fila leva os dignos de direitos Fora do padrão "E o que ele veste?" Não respeite as leis e veja o que acontece Mas o que é o padrão e a frieza Em meias tantas direções em tristeza? Protesto silencioso e devastador Se espalhou e chegou aos ouvidos dos que fingem ser surdos Um espaço pra poucos Uma luta pra muitos A torre e o rei se juntaram Reviveram todas as peças Trezentos e oitenta e uma jogadas E uma grande vitória tatuada na alma