A lente do olho A iris da mulher Revela a magia do ser que ela é Resgata beleza, tristeza, memórias Revela a verdade que cheira leite Não nega raça Não pede arrego Arregaça as mangas e vai E no deleite de seus desejos quebra regras E na rotina sabedoria Derrama seu furor Troca palavras como uma griot do cotidiano Sentada de baixo da suas arvore mãe que no lugar que folhar caem gotas de sangue de seus ciclos Ninguém silência a íris da mulher Ninguém silência a íris da mulher A lente do olho tem o poder O elã Que tem cheiro de cachuêra e espada de guerreira E espada de guerreira