Eu vim dos sete mistérios, a saber Do vapor na superfície do punhal Eu vim das palavras tristes, madrigal E não da mesma costela que você Eu sou feito de misérias e de luz De paisagens clandestinas, seda e ar Eu tenho nome de pedra e vou durar Até a última estrela que reluz Eu tenho a mesma frequência das manhãs Eu sou o livro da morte e do prazer Minha voz, essa presença Que já recebi de herança É uma cama sempre feita Que o tempo não desfaz Talvez seja essa tristeza Ou o costume da esperança Que me faz, nunca querendo Querer sempre mais E o meu único desejo é morrer cantando O meu único desejo é sempre cantar