De vez enquando dá um aperto no meu peito É tão forte não tem jeito eu começo a chorar Me corta o peito lembrar daquela tapera Sozinha no pé da serra Vendo o tempo acabar Uma casinha construida em pau-a-pique Um mangueiro improvisador de taboca e guatambú Ainda ouço o estalar da macaúba Anuncia o fim de tarde o Pássaro Preto e a Iambú REFRAO: E quando é noite agente via lá na serra A luzinha da capela Tinha alguém a rezar Tava pedindo Deus ilumina meu filho Porque eu sei que um passarinho Um dia tem que voar Era uma mãe que chorava pelo seu filho Desbravado e destemido Que o sertão ía deixar E hoje chora Tristemente arrependido E pro seu sertão querido já é tarde pra voltar Vem na lembrança meu pai com esta viola No dia em que fui embora veio em prantos me entregar Saiba meu filho este mundo é traiçoeiro Aqui no nosso terreiro seu pai pode te ajudar Mas o desejo e o orgulho foi mais profundo Quando eu escolhi o mundo abandonando o meu lugar E quando é noite agente via lá na serra... Hoje a saudade no meu peito é tão profunda Da minha velha tapera e também do meu velho pai.