Entre um rosto e um retrato, o real e o abstrato Entre a loucura e a lucidez, Entre o uniforme e a nudez Entre o fim do mundo e o fim do mês Entre a verdade e o rock inglês Entre os outros e vocês Eu me sinto um estrangeiro Passageiro de algum trem Que não passa por aqui Que não passa de ilusão Entre americanos e soviéticos, gregos e troianos Entra ano e sai ano, sempre os mesmos planos Entre a minha boca e a tua, há tanto tempo, há tantos planos Mas eu nunca sei pra onde vamos Eu me sinto um estrangeiro Passageiro de algum trem Que não passa por aqui Que não passa de ilusão Entre a crença e os fiéis Entre os dedos e os anéis Entra ano e sai ano Sempre os mesmos planos Entre a minha boca e a tua Há tanto tempo, há tantos planos Mas eu nunca sei em que ano estamos