Eu que falei: Nem pensar Agora me arrependo, roendo as unhas Frágeis testemunhas De um crime sem perdão Mas eu falei: Nem pensar Coração na mão, como refrão de bolero Eu fui sincero Como não se pode ser Um erro assim tão vulgar Nos persegue a noite inteira E quando acaba a bebedeira Ele consegue nos achar Num bar Com um vinho barato Um cigarro no cinzeiro E uma cara embriagada no espelho do banheiro Teus lábios são labirintos, Ana Que atraem os meus instintos mais sacanas O teu olhar sempre me engana Eu entro sempre na tua dança de cigana Eu que falei: Nem pensar Agora me arrependo, roendo as unhas Frágeis testemunhas De um crime sem perdão Mas eu falei sem pensar Coração na mão, como refrão de um bolero Eu fui sincero Eu fui sincero Teus lábios são labirintos, Ana Que atraem os meus instintos mais sacanas O teu olhar sempre me engana É o fim do mundo todo dia da semana Ontem à noite eu conheci uma guria Já era tarde; era quase dia Era o princípio num precipício Era o meu corpo que caía Ontem a noite, a noite tava fria Tudo queimava, mas nada aquecia Ela apareceu, parecia tão sozinha Parecia que era minha aquela solidão Eu conheci uma guria Que eu já conhecia de outros carnavais Com outras fantasias Ela apareceu, parecia tão sozinha Parecia que era minha aquela solidão