Vejo com olhos noturnos Visto da minha janela As cores das fotos quimera As dores do pranto que sangra. Quanto mais eu fico preso no meu canto Não tem desencanto, e eu posso falar Sem uma fadiga, sem correr perigo Eu rezo e rio em meu caminhar Vejo com os olhos dos olhos Da lente de outra pessoa A voz do silencio, que ecôa Num trecho de som que entoa Muito mais encanto, visto deste canto Na tela, no manto, a légua estradar Vento de manhã fria, viola folia Noite e dia, sente a sede queimar.