Sou apenas mais um viajante clandestino Cheio de planos e de sonhos sempre na contramão Relutante em seguir por essa estrada Que o destino me deixou como uma última opção Mas ao invés de eu trilhar o meu caminho Eu insisto em encontrar saídas onde elas nunca estarão Tentando ter em meu controle o tempo dos meus dias, Mas os dias são mais fortes, e eu perco o tempo entre as minhas mãos Não... esse tempo não pode ter sido em vão Não... o que eu faço pra sair da escuridão? Já não meço os meus passos, sigo em frente De olhos bem fechados, eu nem sei aonde vou chegar Mas na minha estrada tudo está deserto E o horizonte me parece tão difícil de alcançar Talvez eu tenha esgotado o meu limite de argumentos Pra insistir nessa viagem que parece não ter fim E já não me interessa o quanto eu andei até aqui O que parece ser mais fácil é desistir Não... a luz do sol ainda não brilhou pra mim Não... essa verdade não pertence a mim Eu sou um espírito selvagem Instinto, loucura, coragem Sonhando com um mundo irreal E a razão Está sempre atrás da emoção E é por isso que a dor da ilusão É sempre igual Ande sempre de mãos dadas com o seu destino E aceite os seus dias como eles vão acontecer Na certeza de que tudo é como deve ser Nada acaba antes do fim Se é que existe o fim