Eu mais do que ninguém sei, que só quando você conhece outro mundo se compreende o seu. O que não se conhece, abre a porta pra ser conhecido Mas por que eu vejo confusos desconhecendo real? Ainda não sei se os seres humanos que confundem a realidade Ou se é a realidade que confunde os seres humanos. Abra os olhos e saia! saia desse poço O sistema nos reprime, me sinto um calabouço Meu pensamento é vivo, fecho meus olhos e ouço Eu abro cadeado, pois a chave estava no meu bolso Eu ouço uma voz que me diz: "vá em frente" Mas como pode um homem voar se usamos os braços em vez da mente? Talvez minhas ideias não entrem na sua mente imatura Mas já vi muito lúcido dar razão a minha loucura Meu ponto de partida é uma reclusão (reclusão) as suas reclusões (reclusões) Constrangidos são pólvoras (pólvoras), desencadeio explosões (explosões) Sou só mais um, mas não comum Adiantado, inconformado Serei vencedor, pois levantarei os que já foram derrotados Arrogância te condena, a inocência te envenena É preciso sair do sistema, cabeça fechada é nula, entenda! Liberdade é vida, vida é curta, sentir medo ajuda Pois mente fechada não vale nada, na beira do abismo se sente segura A verdade morre no juras, só vejo judas, mato essas putas segura! Essa é a minha liberdade e minha mente não são grades Tentaram roubar a minha alma, e só restaram corpos no combate Liberdade! me sinto num ringue de farças Caminhando em cacos e brasas (cacos e brasas) Liberdade! não desisto tenho raça, o céu não é o limite, eu sou livre tenho asas Sentimento de liberdade é só sentimento Você sempre foi livre, a liberdade vem de dentro Meus pensamentos voam, junto com os passarinhos E aqui as pessoas boas, te trancam num falso ninho. Levantei o meu capuz, e decidi voar sozinho Não forjei anilha pros meus pés, forjei o meu caminho Não fugi, só fui encontrar os mistérios dos meus medos Nem todo segredo contém mistérios, mas todo mistério contém segredos E assim saiu foda-se da minha garganta A chave que te liberta, é a mesma que te tranca Ninguém dá nada de graça, seu engenho é jogado á traça Mesmo sua fumaça escassa que te alimenta e te embaça O tempo chega e passa, corroendo toda massa A rua se esvai como fumaça, e você nada laça O inimigo te dá graças, o caçador não livra a caça Te acorrenta e te amordaça, e você ainda abraça Cansei de sangrar por marcas que ocupavam meu espaço Hoje quero sangue em troca de tudo que faço Passei um passado chapado, diante um futuro sóbrio Sou viciado em sangue de tanto provar meu próprio Batem na sua mente, e seu corpo continua são As vezes só se encontra a coragem quando o medo é a única opção Vem! a só moldar a fé, encaixar e dar partida Ir pra longe, sem essa de lei do mais forte Engraçado que aqui morte comanda toda vida Quando seria a vida comandar toda morte Já me senti preso no meio de algemados Já me senti sozinho no meio de espíritos fracos Verdade vira mentira, estátua não respira, sou o dedo que engatilha O jogo hoje vira, não abandonei a matilha, eu abro a trilha Liberdade vem de dentro, se planta mas não se colhe Vê se regue a vida mas não se molhe, é mole? Se fartam, mas sentem fome Os seus sonhos não te alimentam, ao contrário te consomem Com o tempo somem, com mais frequência uma carência Pois na minha ciência não sei mais alimentar o homem Nos fundos do bus, Com meu capuz não me escondo Só me separo daquilo que assombro Só no escuro se sente falta da luz Engraçado, vejo poucos diabos pra tantos que se dizem ser jesus Libertário, que a brisa me leve Mesmo que liberdade seja só o que cê sente quando escuta esse rap Quer se condenar pra condenados? Quer se viciar pra viciados? Quer se acertar pra já errados? Quer se rastejar pra rastejados? A liberdade não é essa, para e pensa Como falar de pássaro se o mundo não tem pena? É se levantar, preparado pra cair Não me matou, me deixou mais forte, agora vão ter que me engolir Os otários quer ser mau, e deixar poeira e ver eu me engasgando Mas parceiro até poeira vira arma na mão de malandro Então proteja o olho, e morde a língua antes de julgar Se não vai orar, então pra quê se ajoelhar? Me sinto num deserto construído pela própria humanidade Aqui tem água, tem comida, a única escassez é de felicidade Sabe que aqui tem miragem, querendo ser real Sua porta pra liberdade não é só o funeral Vai fingir ser livre? Nesse flow calibre te dão a liberdade de brinde Á mira do rifle, liberdade fatal...