O horizonte que não dorme e não chora Agora implora por um pouco de atenção, solidão, descaso, esmola No submundo você assiste a espasmos No fundo verde eles disfarçam é só um acaso El Dorado, Xangri-La O brilho que se ofusca no contraste com o cinza de lá Se perdendo na grandeza de um ego gigante E vendo você se afundar como se fosse Atlantis Sentir ao seu redor, o caos, o som e a brisa Pra garantir o seu lugar na imensidão cinza Cidade do progresso, cidade do regresso A desigualdade desenvolvendo um retrocesso Que se funde numa ocasião de falha Que se esconde entre a tinta, a pureza e a vala A fantasia que nos manipula e cega A cicatriz que nos alastra a inevitável queda O sorriso se dissipa com a poluição Restando apenas à memória da imensidão Sentir ao seu redor, o caos, o som e a brisa Pra garantir o seu lugar na imensidão cinza