Eu fecho os olhos e conduzo um mundo recriado Sem insensatez, invalidez, descaso O pilar da vil sociedade não te escuta Só protege a classe alta isenta de luta Mas quem é você pra rotular minha posição Alta, baixa, média, por um papel na mão É tipo uma virose, um pensamento banal É tipo uma piada, sem riso final Levanto a cabeça, serro os punhos, não me iludo Tá provado na história que uma voz já mudou tudo Grite comigo então, ninguém supôs Porque o fim só vai chegar quando parar de existir o depois A legião que não se acovarda E trabalha com a mente Que não escolhe entre direita e esquerda Que escolhe andar pra frente Na terra em que “tudo posso entre aspas” A exposição de uma ideia incomoda como um mar de farpas Escute a melodia, como o inteiro de uma metade Com a eficiência e a coragem de um Kamikaze Foge à regra, não deixe se calar, que mesmo o poder do tempo não terá força pra te parar A respeito da raiz que não assimilei O essencial seria que onde não tem mídia, houvesse lei A legião que não se acovarda E trabalha com a mente Que não escolhe entre direita e esquerda Que escolhe andar pra frente