Tem certas coisas que são muito perigosas Situações um tanto quanto escandalosas Mas sempre vale a pena até correr o risco Se a vida é pra viver Se de repente a gente encontra alguém na rua Pode acabar até envergonhando a lua Num desses lances muito loucos que acabam num quarto de motel E às vezes basta a porta aberta do banheiro Uma tremenda brincadeira no chuveiro E às vezes basta uma pergunta embaraçosa Pra gente confessar Quem é que nunca recebeu uma cantada Quem é que nunca respondeu no mesmo tom Quem é que nunca recebeu um bilhetinho Das mãos de um garçom Eu e você assim ao som de um bolero Pra lá, pra cá, do jeito que eu quero Vem cá, me dá, que eu sei aonde vai chegar Se o corpo quer assim, assim coladinho Pra lá, pra cá, do nosso jeitinho Me trás, me faz, me roça e deixe acontecer E o que me importa o que eles vão pensar de mim Eu quero mais comer o fruto até o fim Eu e você, a dois, a três, escancarando de vez