É HC que chega, assim que chega, mantém a letra; A letra é A, o rap é classe A; Quem fala é HC e W DEE. Um bomba na mão á cada tragada uma viagem; Primeira parte; Batida pesada por cima, rima, várias mensagens; Lado leste de São Paulo DRR é só enquadro; Sem dar boi pra oportunista otário; Sai da goma falsário na banca não cola mané; HC São Mateus pretos e brancos de fé; Sou W DEE, PRETO APLICK firmô; ADRIANO CH é banca forte morô; Hip-hop de periferia; Baixo marcando ornando em cima da batida; Chega PEREIRA, chega ABELHA; De Menos Crime zona leste é muita treta; Chega PANCHO, chega GRAND, chega CHUCK; U Negro terceira divisão Homens Crânios; Vai se foder sistema demônio; Ultrapassa a periferia pra trás num caralho nervoso; Quem ataca é HC espere pra ver; Mente amirada o alvo é você; Não tem barreira, o apetite é venenoso; Á cada marcada é o grito agonia do morro. 1,2 1,2 drão há, 1,2 1,2 drão há háa; 1,2 1,2 drão há 1,2 1,2 drão. Vem carregado com pente entupido; Pé na estrada mente revolucionária; Aquele mano decide mudar de vida; Da água pro vinho; Sempre sossegado mas na mente o ódio infinito; Tira o pente, coloca o pente, carrilho puxado; Ta chegando a hora de se trombar com os aliados; Pra comfirmar os armamentos e o esquema tático; Pode crer não pode ser falho; Na hora da ação o cão domina; Se preciso eu mato; Uma vítima fácil, estou dominado; Com pensamento na ativa prossigo meus passos; Perseguido pelo instinto eu olho para os lados; Colete á prova de bala, boina cinza; E na direita uma quadrada é arma fria; Num rolê pela quebrada eu trombo com a morte; Maldade na cabeça não fui notado estou com sorte; Eles querem ver eu preso; Eu só quero é malote, malote, malote; 1,2 drão. 1,2 1,2 drão há, 1,2 1,2 drão há háa; 1,2 1,2 drão há 1,2 1,2 drão. Mas peraí que eu ainda não morri (não morreu); Sou o LERAP criado no morro; Então prepare-se; Pois daqui pra frente vão ser fortes as cenas; Calamidade total São Mateus em estado de choque; M-A-G-O sou MAGO ABELHA; Proteja sua vida e fique longe da rota; Assassinatos em primeiro grau normal; Rotina constante de policiais justiceiros; Projeto do governo armado á burguesia; Miséria, miséria no cachimbo com pedra; Brasil miséria periferia favela; Pessoas especiais que aqui deixou saudades; Irmãos, parentes, amigos da quebrada; Axé Senhor nos afaste do crime; E abençoe este filho pecador por que; Em cada bairro morre vários por mês pow, pow; Muita pobreza estoura a violência; Em cada bairro morre vários por mês pow, pow; Muita pobreza estoura a violência; 1,2 1,2 drão. 1,2 1,2 drão há, 1,2 1,2 drão há háa; 1,2 1,2 drão há 1,2 1,2 drão. Eu vejo o crime em ação arrependimento mais tarde; A química consumida por muitos covardes; Que não são poucos, são muitos, são loucos, loucos; Como o destino é cruel; Agora a corda está em seu pescoço; Com o sistema covarde levaram muitos na nossa infância; Restaram só lembranças dos tempos de criança; De um passado cercado cruel furado de morte; Não escaparam do destino tiveram azar ou talvez sorte; Sobrevivemos num bairro humilde e ultrapassado; Pela polícia muitas vezes o silêncio é quebrado; Otários viajam no crack não vêem o sol nascer; Rapaziada nossa só no bem bolado; Malandragem de verdade é viver; Estão na cede á procura de tudo e de todos; A grana estalando a fissura no olho; Se vacilar no proceder ali te jogam um 16 um 12; Um 16 um 12; Falsas calúnias fazem de tudo para nos intimidar; Na televisão alta versão aqui nada á declarar; Enxergam o crime como uma aventura; Pra muitos problemas a solução; Mas a sentença otários não segura; A vítima do crack o nariz na morte; Lá no DP outra história e aqui fora o cagueta morre; O cagueta morre, o cagueta morre, terceira divisão, é HC que chega. 1,2 1,2 drão há, 1,2 1,2 drão há háa; 1,2 1,2 drão há 1,2 1,2 drão.