Caratinga, cidade esperança! Flor da mata, gentil arrebol! Seja fé tua seiva divina Seja a hóstia sagrada o teu Sol! Capital do sudeste mineiro Das cidades da Mata a primeira Deste Vale feraz do Rio Doce És princesa, és rainha altaneira! Teu progresso pujante, sozinha Sem alheios auxílios fizeste Ao labor de teus filhos, só, deves Toda a tua grandeza inconteste! São coxins de esmeraldas estas serras Em que os membros formosos reclinas És diamante sem jaça incrustado Neste anel de ouro puro que é Minas! Têm mistérios teus céus encantados! Que um dia aspirou o teu ar Não esquece jamais e, se parte! Há de em breve saudoso voltar! No teu lindo jardim das palmeiras O mais belo e mais vasto do Estado Ergue a torre grácil Catedral De tua fé testemunho sagrado Quando o dia desponta, o Itaúna É uma taça em granito, onde o Sol Rubro e loiro qual vinho de luz Espumeja, e transborda o arrebol Cantam melros nas altas palmeiras Na alma fresca da azul madrugada Negras flautas de penas, que entoam Melodias a ti, terra amada! Caratinga, cidade mineira Teu presente é uma promessa e arrebol Tens cem anos e ainda és criança E é nascente e é porvir o teu Sol! Nos terrenos instáveis do tempo Só uma planta, o trabalho, é que vinga! Trabalhemos irmãos para que a História Possa um nome guardar: Caratinga