Foi aqui, neste vale tranquilo Entre os montes e o rio escondido Que, ha cem anos atraz, um pugilo De emigrantes surgiu destemido Dos heróis palmilhando o roteiro Sôbre o solo, que audaz desbravou Êsse grupo invulgar, pioneiro À semente de Brusque plantou Sôbre as áreas fecundas da terra Que ao vigor do trabalho se rendem Pela várzea do rio, pela serra Pouco a pouco as lavouras se estendem E do chão brota a casa modesta Construída de palha e de lenho Conquistada vai sendo a floresta Enche os ares o canto do engenho Salve Brusque imortal! No recesso Dos teus vales, ressôa nos ares O cantar triunfal do progresso Pela voz singular dos teares Salve Brusque imortal Do trabalho sem par do imigrante Com bravura e andar soberanos Surge Brusque viril e gigante Já passados que foram cem anos Terra minha! Só tens ocupado Posição de relêvo, altaneira E teu nome, entre mil, é citado Como Exemplo á Nação Brasileira