Erguei, heróis de outrora, o vosso brado A fim de que o futuro o possa ouvir, Usando como espada o velho arado Rasgando a terra, a ela a vos servir, A semente plantada no passado Com os frutos surgindo no porvir: Assim nascestes, sonho acalentado Por Botelho, que aqui vos viu surgir Plantado por titãs de mar afora, Em dadivosa terra bandeirante, Sois hoje realidade retumbante Que retrata o progresso de agora O passado, de lutas, teve instantes Em que heróis se forjaram em vossa história: E um Valente ascendeu em um levante Fazendo de seu sangue vosa glória. Nova Odessa, salve, salve; Para o amanhã despertai! Nova porta que se abre Pro futuro o mundo vai E na senda da grandeza Deste Estado e da Nação Nova Odessa és realeza: Ergue alto o teu Brasão! Unidos marcharemos para a frente Formando um grandioso pelotão: Soldados de rincões tão diferentes - Letos, Americanos, na união com Portugueses, Italianos, - toda gente Que constrói, com amor, esta Nação, Compõe a nova raça do presente, Fazendo do vizinho um novo irmão. Nascestes como um núcleo colonial Nos fimbrias deste século iniciado; Inda tens plantio em zona rural Da cana como centro de mercado, Na urbe a melodia sempre igual, Num ritmo binário e sincopado, Tecem as máquinas o manto alado Do vosso anjo, que vela em vôo triunfal