Louro imigrante, só a natureza Te viu chegar pra trabalhar aqui E o Gigante Vale, com certeza se engalanou para esperar por ti. Penso que a brisa acariciou faceira Teu peito aberto ao sol do meu país E a passarada te saudou fagueira Cantou, por certo, pra te ver feliz Com teu braço forte Lutando com a morte Mostrando coragem Mostrando valor De pele tostada Na mão de uma enxada Plantaste mensagens De paz e amor Não teve flores nunca o teu caminho E nem teu céu foi sempre todo azul Mas foi sincero, sempre, o teu carinho Com a terra virgem dos rincões do sul Da pátria antiga te restou saudade Um novo mundo viu costumes teus No coração que não poupou bondade Na fronte erguida a se inspirar em Deus