Esta terra em que outrora o selvagem Dominou destemido e valente É meu berço natal - a mensagem Que proclamo em voz alta e potente. Não sou negro, nem índio, nem branco. Sou, produto dos três, brilhantense. Caiuás! A ti devo este ar franco Galardão do sulmatogrossense. Avante! Rio Brilhante! Que em teu seio maternal Seja o meu viver constante Trajetória ascensional! Entre os rios que correm ligeiro, De Entre Rios o nome ostentaste Mas, como o índio aqui esteve primeiro, Caiúas, a seguir te chamaste. De uma estirpe de bravos legado, Dominando a planície pujante, Ao fluir o porvir do passado, Te tornaste, afinal, Rio Brilhante. Deu-me o branco este anseio indomado Que as Distancias domina a edifica, Sulca a terra e, de suor empapado. Planta o solo, onde o Amor frutifica. É por isso que eu amo o trabalho E, onde vou, vai comigo o progresso. Ou na pena, ou na trolha, ou no malho, De criar as riquezas não acesso Estas cismas que em noites silentes Me aconchegam num manto de sonho, São dos negros, que estorços ingentes Opuseram ao jugo medonho. Ardoroso, por isso, me abraço Ao Direito, nas lutas firmado. Liberdade! No tempo e no Espaço! Igualdade! Eis aqui teu soldado! Nestas Bandas o audaz bandeirante A alavanca de ferro fincou. Marco extremo da marcha triunfante Que as fronteira da pátria ampliou. Hoje, irmão, nesta terra nascido, Descendentes ou não de estrangeiros Todos nós festejamos, unidos A ventura de ser brasileiro. Engastada no escrínio faiscante Deste Oeste do amado Brasil, És de fato, o valioso brilhante Que premia o labor varonil. Férteis terras te servem, mui gratas Ao esforço que as ara e semeia Nos teus campos, o gado, e, nas matas, A madeira não medra, enxameia. Deus, bordando estes céus, fez, de estrelas O Sagrado sinal do cristão Infundindo nos Fé para ao lê-las, Traduzirmos: Amor, Redenção. Há, porém, de tornar-te grandioso, Projetando-te na Humanidade. Esta destinação gloriosa Para o culto da fraternidade.