Petrolina, nasceste à luz E aos fulgores do sol nordestino, Sob o signo potente da cruz, Tendo a Fé a apontar teu destino. Do progresso seguiste o caminho, Consciente visando o futuro. E ergueste, com força e carinho A Instrução como facho no escuro. Petrolina, tu és a Princesa Do Sertão, portentoso luzeiro E ostentas laurel de grandeza Sobre a margem do rio altaneiro. Tua gente ordeira, pacata, Ao estranho recebe com amor, Numa faina cortês, que é nata, Ao abrir-lhe do peito o ardor. Não importa ser rico ou ser pobre, Todos gozam da mesma atenção, E num gesto humano, que é nobre, Dá a todos o seu coração. Petrolina, tu és a Princesa, etc Dom Malan te rasgou as entranhas, No teu seio plantando o progresso, Sementeira de forças estranhas, Que gerou, de repente, o sucesso. E tu marchas de fronte erguida Na conquista real do amanhã, Do amanhã que é fonte de vida E escrínio de Glória louçã. Petrolina, tu és a Princesa, etc No teu sangue fervilha a bravura Que exprime o valor do Vaqueiro Qual a fama que ainda perdura Do estóico labor do Remeiro. Com um raio fulgindo no espaço, Teu olhar ao caboclo seduz E o faz triunfar no regaço Destas plagas banhadas de Luz. Petrolina, tu és a Princesa, etc