Vivo tristonho ... Distante da minha terra, Do alto da verde serra Onde mora o luar de prata. Lá deixei tudo... Os meus pais, irmãos e amigos, Meus amores mais antigos, Meu violão de serenata. Vivi meus sonhos ... Meus primeiros desenganos, Ilusões ... meus quinze anos Que ficaram para trás. Lindas quermesses ... Baile-à-chita, São João, Céu de estrelas e balão, Tempos que não voltam mais! Minha Botelhos, Vives dentro do meu peito, De arrancar-te não tem jeito, Como eu ninguém te amou! Grupo Escolar ... Meu futebol ... todo o meu povo Que me faz sentir de novo O menino que não sou! Quantas lembranças Trago no meu coração ... Da primeira comunhão ... Quando Deus veio pra mim! E hoje repito A oração que fiz de joelhos: Quero morrer em Botelhos, Há de ser lá o meu fim!