Oh! como é belo e risonho, em Cristalina o luar. A lua num manto de sonho, E quanta estrela a brilhar. Tantas que luzem no céu, De cristais outras também. Por mistérios de Briareu, Que a mitologia contém. A natureza em festa, Escuta um pinho a gemer, É um cantor em seresta, Chorando o sombrio viver; Cabeça junto à janela, A amada então que ouvir, E um corpo de jovem donzela, Ternamente começa a fremir! Oh! Noite cheia de aroma, Argêntea luz, poesia, A madrugada que assoma, Porvir mui feliz anuncia; Eis a aurora que surge, Sangüineos raios de sol, É um novo dia que urge Nas cores febris do arrebol!