Onde outrora tapuias valentes Percorriam os campos floridos Empenhando em lutas ardentes Sempre fortes viris destemidos. Neste morro de verde pujança De alecrins que ficaram na história Como um traço de luz e bonança Entoavam seus cantos de glória. Numa aurora de luz e de cores Nessa aldeia nativa chegaram Homens brancos: no morro entre as flores Os cruzeiros da fé levantaram. O progresso aos poucos transforma Os costumes da raça guerreira Do índio e o branco, o caboclo se forma E povoa essa terra altaneira Há cem anos por essas paragens Nova gente, batalhas constantes Já não se ouvem tapuias selvagens Outras vozes se elevam vibrantes E na vila tão triste e sombria Outra aurora de luz resplandece Um futuro de glória anuncia Liberdade, farol reluzente. E nos campos formosos de outrora Entre serras, agora brilhantes, A cidade é um presépio onde aflora Muita gente de terras distantes.