Longo tempo vivi dominada E afinal os grilhões rebentei Nos lampejos de minha alvorada Tive apenas as bênçãos da lei. Eu sentia ter seiva na vida Com meus passos queria machar Mas a fronte trazendo abatida Era apenas floresta vulgar. Ontem escreva embora Hoje liberta sou Pois felizmente agora Meu progresso raiou. Ante o sol que ilumina as montanhas Quando em fulgidos raios nos vem Despertando energia estranhas Despertou-me a esperança também. No meu seio a justiça aberto Podem todos viver e fluir Florestando olha já vem perto A grandeza do nosso porvir.