Ó cidade onde o mar acende o cais de uma estrela de ruas: Aliança tu recuas da mata e o verde avança com a bandeira dos teus canaviais. Eis que um tempo de engenho, avós e pais, vêm do branco, do negro e do tupi, o futuro é agora e é aqui no passado presente na memória desta terra onde o povo escreve a história sobre as águas do Rio Siriji. Deus te deu a natureza livre de cercas e redes; o branco de um rio-nuvem o azul de um céu sem paredes o amarelo dos canários e os verdes das canas verdes. Amanhece um dia em cada ano sob o fogo no pássaro solar, quando a noite abre o peixe do luar brilham chuvas de escamas no oceano que tem arcos e flechas: Laureano, onde o verde de azul na luz se veste e da praia-sertão à mata-agreste. Macujê, Tupaoca, Upatininga, do bagaço espremido pela Usina onde o pranto é suor, sangue é Nordeste. Deus te deu a natureza livre de cercas e redes; o branco de um rio-nuvem o azul de um céu sem paredes o amarelo dos canários e os verdes das canas verdes. Tu que vens da montanha e sua Chã como uma onda de homens que se lança dos irmãos aliados de Aliança, Chã do Esconso e Caueiras no amanhã tens a paz por destino e sua clã de silêncio em teus muros, ó cidade, mas na hora em que a Pátria é a verdade os teus lábios se rompem contra a voz que guardada no peito é mais feroz e lutar por um nome: Liberdade. Deus te deu a natureza livre de cercas e redes; o branco de um rio-nuvem o azul de um céu sem paredes o amarelo dos canários e os verdes das canas verdes.