Quero, ó Cristo, meditar No teu sofrimento Do teu trono vem guiar O meu pensamento Possa eu ver, ó meu Jesus Quão atroz tormento Exigiu na infame cruz Nosso salvamento Faze esta alma contemplar Tuas ansiedades Teus grilhões, Jesus, e o mar De perversidades Cuspe, murros e aguilhão Cravos, cruz e morte Meu Jesus! Oh! Que paixão! Que suplício forte! Não me faças ver, porém Tua dor somente Mas a causa e o grande bem Quero ter em mente Ah! De tão cruel paixão Meu Senhor amado Eu, com minha transgressão Sou o mais culpado! Faze-mo reconhecer Muito arrependido Já não quero te ofender Pois me tens remido Como poderia amar Este meu pecado Que te fez por mim penar Sobre a cruz pregado? Se o pecado me acusar Que mereço o inferno Vem minha alma sossegar Mediador eterno Oh! Que eu possa sempre crer Que por mim sofreste! E jamais vá me esquecer Que por mim morreste Faze-me levar a cruz E seguir, contente Os teus passos, ó Jesus Húmil e paciente Quero amar-te, ó Salvador Como fui amado E cantar o teu louvor Grato e consolado