Pra cantar pra ti no samba ou no lo-fi Desliga o Wi-Fi Tanto faz o resto Só no agora é nada mais Som Tim Maia, réu confesso Eu me entrego Convido você pra fazer o mesmo Ouça o que teu corpo quer dizer Coisas nada fáceis de entender Outono tá entrando pra trazer sabedoria Beijo a boca do viver, já zerei tantas canetas Já zerei tantos planetas Mal sabia que esse aqui era mo treta Pra subir a escalada através de uma paleta Virei artista, me fiz artista, seila Revirei várias gavetas O vento leva as folhas secas Às vezes só precisa para Sou viajante então eu vou pra lá Colar pra Belém, me dizem que esse tal do além Já que comigo Converso com o universo com o pé na estrada A fé é a balança do perigo O ritmo é a própria levada Eu sou o rato, o medo é o elefante Eu vou no foda-se tipo o Defante Tão difícil perceber que, ah, só existe esse instante E ficar parado o deixa distante A água cantou Rodeava os beijos Os teus flancos a espuma Desmanchada em riso E flocos brancos Uuh, sempre que te vejo eu fico tão solto Uuh, me arrepia a pele esse teu toque doce Uuh, leva mais um pouco de mim Sabe que eu sou teu Mesmo nunca deixando de ser meu Daqui só saí amor Somos feitos de fases amor Escrevi algumas frases Nesse meu caderno sujo Cheio de rabisco organizo um canto seu Mais um poema Mais uma cena falando do quanto eu Me equilibro nesse teu balanço Me joga pra lá pra cá E assim eu danço Nessa nuance linda que é teu corpo nu Vamo fugi Navegar num barco a vela todo azul Seguindo em frente à direita da Boulevard Apoio o meu braço na tua perna Cruzando a cidade pelo céu Nem me confundo Teu olho brilha, isso me conforta No fundo, o que todo mundo quer e ser querido Amar e ser amado, suprir todo carinho Que o corpo pede mesmo E pede muito, eu peço muito Porque isso muito bom Faço do amor minha missão Olhar dentro do olho Entro no jogo Meu interesse é claro Ouvir o coração