Os meus dias findam nas colinas Os meus olhos teimam em olhar Só lembranças ficam nas retinas De um tempo que não voltará Os meus sonhos morrem nas auroras Os meus medos fazem-me calar Beijo o sol enquanto passam as horas E o silêncio vem me acompanhar O mourão prostrou-se ante o tempo O galpão mudou-se de lugar O piquete é túmulos e ventos Nem os quero-queros vivem lá Poças d'água não são mais espelhos Pra que a lua possa se olhar Uma trilha espessa de cimento Roubou minha rua do lugar (pre-refrão) "Cada mate é um gole de lembranças Dessas que o peito não suporta Almas que galopam na estância Entram sem que alguém abra a porta (refrão) O presente invade o meu passado E o futuro quer o meu lugar Nessa noite eu vou montar no baio E pra querência eterna viajar" (seguindo o som do 2º e do 4º trecho) Eu já posso ver os quero-queros E a porteira que aberta está Um peão com um gesto tão fraterno Me convida para chimarrear