Minha santa ingenuidade, já não posso mais ver O que me impede de ver Além, como amarrar os nós, ou acender um cigarro Perto de um gás O oxigênio que alimenta um paciente Antes de morrer E eu só, esperando um habeas corpus para me livrar de você Vou alterando a freqüência, do coração e mudando a estação do que a libido me aponta, um bom jantar e um vinho não faz mal pra encantar um alguém, abro cabeças e vejo arte barata quem vive assim como eu é um esperante da morte e do futuro sempre prezando o meu apreço, pondo os pingos nos i's e arrumando a bagunça sem prosa e sem refrão, sem cerimônia eu encosto gosto de você sorrindo assim, diversão, os olhos claros me tiram do escuro E eu só, esperando que me chova um pouquinho de ti em mim Não ouço nada lendo o jornal, a tevê me rouba A cabeça As idéias e planos, água baixo, vendo, sempre compro Arte barata E o menino indaga novamente, todo mundo morre Se Deus morrer? Você que vive sem um eu, matando-me sem ter você Você que vive sem um eu, matando-me sem ter você Você que vive sem um eu, matando-me sem ter você