Lisboa amiga, vão-se os teus arcos velhinhos Vais perdendo os pergaminhos da era antiga Ai, foi-se embora, Santo André no outro dia E o da velha Mouraria, lá foi agora Diz-lhe adeus, Mouraria Diz-lhe adeus, tradição E tu, Rosa Maria Vem rezar uma oração Nunca mais ao sol-pôr Pro arco de mais virtude Passará o andor Da Senhora da Saúde Tu não tens raça, velho arco sem beleza Mas a tua singeleza até dá graça Brasão bairrista com seu ar de fidalguia Fica bem à Mouraria nobre e fadista