Desculpa, mesmo não sendo minha culpa Só não quero partir E muito menos mudar Não quero Camuflado, enterrado no meio da minha solidão mas também não me sinto culpado Parece estar fraco? Tipo um sorriso forçado Sempre descrevem a minha pessoa, dizem que eu sou atordoado Mas minha dor não dói, porque foi eu que decidi ser abandonado Sim, poupei as pessoas de se esforçarem e pensarem Em um texto bacana, como uma maneira para que não me machucassem Na real não estou machucado, e se eu estiver, juro não percebi Se a lágrima cai, meu olho não ardeu, se pareço no fundo é que eu não quero subir Me deixa aqui, não quero que estenda a mão Nem quero que entenda a razão, de toda minha precaução Redenção, não, quero curtir minha detenção na moral Mesmo sabendo, só quero viver a ilusão que isso é só um problema social O passado, arrependimento que tomou forma O futuro, os meus planos só tá contrariando Tempo passa e essa passagem é dolorosa E meu maior medo é no presente estar errando Mudar tudo isso, reinicio, correndo perigo Viver de novo, como um louco, sem nada esquecido Resposta é clara, um não na minha frente Eu não sou eficiente, momento recorrente Preso nessa corrente e no seu sorriso gentil Paralela com a bondade, a mentira me conduziu A ser aquilo que tu viu, pensar no outro é certo? Por que que cê não faz isso? Por que que eu sou omisso? Porque quando entrei nesse teatro de bondade Na primeira chance, eu fui ferido Talvez eu me machuque durante o ocorrido O que importa é o objetivo e não o que eu tenho sentido Fez sentido? Tenho andado sem sentido Obstruído, um semblante apodrecido Garota que me escuta, tenho pergunta ou um pedido Responda, por quê finge se importar comigo? Desculpa, mesmo não sendo minha culpa Só não quero partir E muito menos mudar Não quero