Por cinco séculos caminhei nas sombras Sob esvairada lembrança do que jaz em outrora Como a branda luz da Lua Sou o nada, sou o tudo Ao santo espírito eu não me curvo À lei da cruz eu não me quebro Sou o filho do universo Sou o Sol, a terra e o mar Decomponho-me da noite para o dia Sou mil vidas sob a luz da Lua que brilha Emergirei do fundo de minh’alma Dividirei o reino santo Oh, grandioso, profundo abismo Todo-poderoso, venha vós comigo És o tudo e o nada Que vencerá! Não servirá! Mãe, sob os meus pés eu sinto a ti Vejo o infinito em parte de meu ser Sou o caos, fruto da ordem Sobre os céus, abaixo da terra Decomponho-me do dia para a noite Sou mil Luas sobre o breu da vida que apaga Eu emergi do caos existência Eu findei a santidade da vida Oh, grandioso, profundo abismo Todo-poderoso, venha vós comigo És o tudo e o nada Que vencerá! Não servirá!