GESTOS (Roberto Mendes/ Herculano Neto) E deixe a valsa, e deixe o samba, E deixe aquela canção antiga que não me cansa, Ouvindo-a posso sentir comigo seus vestígios, Os seus domínios, os seus encantos. E deixe o barco, e deixe a ilha, E deixe uma lembrança bonita que não ansia, Lembrando-a posso preencher com gestos meus vícios, Os meus princípios, meus acalantos. Não deixe a mágoa, Não deixe a ira, Não deixe a volta, Não deixe a ida Que eu deixo a vida seguir seu destino. E deixe o sonho, E deixe o instante, Deixe o encontro, Deixe o constante, Que eu deixo a vida moldar o meu destino.