De bombacha e alpargata Me larguei pra lida campeira Montei no lombo do potro Rumo a invernada matreira O gado estava pastando Lá perto de um capão Avistei a tropa inteira Pois um taura da fronteira Conhece sua obrigação Gosto da lida campeira Esta é minha sina de ser gaúcho e trabalhador Vou tocando a boiada Pela estrada a fora não tem dia e hora pra um peleador Quando chega a tardinha Vou me bandeando pra estância Já com saudades da prenda E também das minhas crianças O serviço já está pronto E o gado lá no galpão Vou cevando o mate amargo Pois essa é a essência que trago São relíquias da tradição