Henrique Silva

Teus Olhos Negros

Henrique Silva


Preto no branco, ponto no fim do canto rezando ali
Um nego galego que desespero lá na dois de fevereiro 
Menina me da sossego e me deixa aqui.

Vai no morro de Ceça, Maria preta tem certeza
Que o santo aponta o desencanto encantando a pobreza
Que deseja ser feliz assim

Em Brasília teima ainda os barracos da negada
Acertada vitimada com as migalhas de Brasília
O distrito menino que vitiligo ta no manguezal

Teus olhos negros, são duas contas escuras
Do rosário, que reza a nossa historia
O vento que bate nos teus cabelos te zuniu um segredo
Que você não quer me contar

Ô Tereza não malvada o meu canto que cabe
Em todo canto lá na igreja da jaqueira te levei pra 
Te  dizer quem te deseja estar aqui

Aqui, e eu, e eu, gostava tanto de você 

Ô Tereza não malvada o meu canto que cabe
Em todo canto lá na igreja da jaqueira te levei pra 
Te  dizer quem te deseja estar aqui