Oh! Adeus rebanho que Jesus um dia Com bondade extrema a mim entregou Com grande alarido eu então dizia Velarei de noite lutarei de dia Pra servir-te oh Cristo pronto estou Cheio meu surrão pronto meu cajado Sustento ao Sol friorento ao luar A subir montanhas a passar valado Ia conduzindo meu rebanho amado Sob a graça eterna sob eterno olhar Tenho envelhecido com as serras brutas Onde nascem murtas onde medra a flor Assentado em pedras ou dormindo em grutas Sem cessar jamais as terríveis lutas Pelo Santo rebanho do meu Salvador Hoje derreado de pernas quebradas Da tristonha tumba só distante um pé Onde as minhas lutas? Onde as invernadas? Nada mais me resta de ilusões passadas? Oh crepita ainda no peito a fé No ostracismo agora oh pastor bendito Venho a ti em prantos ouve o meu clamor Tu onipotente tu Deus infinito Ouve a oração deste pobre aflito Ao rebanho amado manda outro pastor