Vou encurtando caminhos No lombo do meu ruano Curtindo sol e mormaço Geada e vento minuano Nos tentos restos de amores De algumas chinas que tive Maneias que não maneiam Quem nasce para ser livre Tiro tentos de saudade Lonqueando recordações Deixo laços de amizades No entreveiro dos galpões Carrego um pouco de lua No tordilho da melena E o rebenque da experiência Deu-me a estampa serena No sossêgo das estâncias Solto pra invernada o pingo Faço cordas, domo potros Dois meses e estou partindo E trago dentro de mim A gana de gauderiar Sem rumo busco meu rumo Um dia vou me encontrar Ainda faço querência Neste viver estradeiro E mato sede andarenga Do meu destino tumbeiro