Nos mercados da Bahia Se comprava poesia Mas quem cantava Quem cantava é quem vendia Mas quem cantava Quem cantava é quem vendia ABC da mulata Barclédia Que hoje é madama ou a dama do amor Mas quem cantava Quem cantava é quem vendia Mas quem cantava Quem cantava é quem vendia Era menino, bem menino, já ouvia Aquele canto que louvava valentia Todos precisam ouvir a glória Essa história do tenente Que matou mundão de gente Pela honra da donzela ABC do matador Ou tenente vingador Mas quem cantava Quem cantava é quem vendia Mas quem cantava Quem cantava é quem vendia Eu fui crescendo e o cantar se repetia Com aquela graça lá das ruas da Bahia Compre, moço, o ABC do santeiro Que ricou com o remédio que fez Compre, moço, o ABC do poeta Que endoidou com os cabelos de Ney Luzimar, ou a virgem cansada de tanto sofrer Mas quem cantava Quem cantava é quem vendia Mas quem cantava Quem cantava é quem vendia Eu fui crescendo e o cantar se repetia Com aquela graça lá das ruas da Bahia Pelas ruas da Bahia, pelas ruas da Bahia