Irerê, meu passarinho Do sertão do cariri Irerê, meu companheiro Cadê viola? Cadê meu bem? Cadê Maria? Ai triste sorte a do violeiro cantadô! Sem a viola em que cantava o seu amô Seu assobio é tua flauta de irerê Que tua flauta do sertão quando assobia A gente sofre sem querê! Teu canto chega lá do fundo do sertão Como uma brisa amolecendo o coração Irerê, solta teu canto! Canta mais! Canta mais! Pra alembrá o cariri! Canta, cambaxirra! Canta, juriti! Canta, irerê! Canta, canta, sofrê! Patativa! Bem-te-vi! Maria-acorda-que-é-dia! Cantem, todos vocês Passarinhos do sertão! Bem-te-vi! Eh sabiá! Lá! Liá! Liá! Liá! Liá! Liá! Eh sabiá da mata cantadô! Lá! Liá! Liá! Liá! Lá! Liá! Liá! Liá! Liá! Liá! Eh sabiá da mata sofredô! O vosso canto vem do fundo do sertão Como uma brisa amolecendo o coração