Ao chegar à capital da acácia negra Vou cruzar na balsa sobre o rio caí Na primeira entrada tem uma vertente Que é para a gente nunca mais sair dali Quem bebeu daquela água com certeza Não esquece a poesia de apreciar A paisagem a varrer naqueles campos e Um céu sem nuvens pra que o sol possa brilhar Lá no passo dos manduca tenho o cheiro Do eucalipto a penetrar no coração Do outro lado, eu quero em baixo da figueira, Beber o rio transformado em chimarrão Nas coxilhas onde o arado corta a leiva É plantado algo mais do que sementes Sinto isso quando nasce o que é semeado E porque nunca o sol e chuva estão ausentes Tradição de acolher bem os amigos De apertar a mão sentindo o coração Montenegro terra de “meu vô manduca”, De gente culta e que cultiva o nosso chão