A justiça sustenta, em uma das mãos, a balança Com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada Por meio da qual se defende A espada sem a balança é a força bruta A balança sem a espada é a impotência do Direito Uma completa a outra O verdadeiro Estado de Direito só pode existir Quando a justiça brandir a espada Com a mesma habilidade Com que manipula a balança A verdade é a força pacífica e poderosa da paz por excelência A paz é igual a uma grande roda humana Onde tudo reluz, onde tudo irmana Enquanto todos nós estivermos de mãos dadas As armas estarão sempre no chão Hoje, precisamos potencializar a pedagogia da esperança Educar para a paz, para a tolerância, para a saúde Mas isso é difícil porque não se aprende paz, saúde e tolerância para dar aulas São valores legados pela vivência E para vivê-los devem significar valores sociais Visivelmente acima de todas as coisas Não se pode educar para a paz dando gritos Ou para a saúde com cigarro na boca Ou para a tolerância com atitudes intransigentes A educação através da percepção é o melhor caminho Os alunos devem perceber no seu ambiente - Que esses valores são do próprio sistema de vida E que formam a base da sociedade Quero uma dose de paz com um certo agrado De amor, de felicidade e de sonho realizado Quero partilhar com quem tem disponibilidade De aspirar à paz com naturalidade Para o resto, só quero justiça imediata Por mais que as convulsões do sistema sejam ingratas Imaginem um mundo diferente do que pensa a maioria Com vários países, mas uma só cidadania Várias culturas, uma só irmandade Onde o respeito é o mosaico da igualdade A paz, a harmonia e o bem estar social Serão encontradas se seguirmos uma bússola moral Que aponte na mesma direcção com frequência Independente de modismos ou tendências Mahatma Ghandi aconselhou do seu jeitinho Não existem caminhos para a paz; a paz é o caminho! Acredito em sonhos, não em utopias Mas quando sonho, sonho alto todo dia Acredito em sonhos, não em utopias Mas quando sonho, sonho alto todo dia Benditos são todos que não se culpam por terem falhado Os que não atiraram a toalha ao tapete, embora cansados Que não se torturam por terem sido contraditórios Que não se odeiam por não terem sido meritórios Não se pode chegar a paz pela ameaça Terrorismo, engano, medo, violência Uma vida que continuamente Não se propõe a novas perguntas infelizmente Deixa o homem trancado no porão do costume Que tudo envelhece sem nenhum perfume Ou no porão da política, que tudo suja e inunda Ou no da melancolia, que tudo mata e afunda Imaginem sentir compaixão pelo outro, por ser agradável Por ser um sentimento absolutamente indispensável A amizade é um sentimento com uma certa cobrança Viver sem amigos é morrer sem deixar lembranças Acredito em sonhos, não em utopias Mas quando sonho, sonho alto todo dia Acredito em sonhos, não em utopias Mas quando sonho, sonho alto todo dia Felizes os que saberem perdoar, por ser aquilo que adianta Os que sabem que as guerras jamais serão santas Os que aceitam o perdão com um coração acessível Os que acreditam que o consenso é ainda possível Os que provocam as guerras não acarretam suas sequelas E na sua generalidade nunca pagam por elas As armas não garantem a paz e é curioso O poder enlouquecido também mata os poderosos Imaginem que o diálogo seja tudo que queremos Para abraçar aqueles que ainda podemos Imaginem um lugar onde se prima pela igualdade E os egos dão lugar à gratidão e a humildade Imaginem um mundo onde o amor resiste à opressão Enfatizando o consenso altruísta nas tomadas de decisão O futuro está nas mãos dos que souberem dar Às gerações de amanhã razões de viver e esperar Acredito em sonhos, não em utopias Mas quando sonho, sonho alto todo dia Acredito em sonhos, não em utopias Mas quando sonho, sonho alto todo dia