Vivemos no marasmo da "revolta". Gritos são apenas ruídos afáveis. A grande pertubação moral faz arruaça no parlamento, nos palácios e nas casas. Iminente desgraça. O levante desarmado aponta pra sua própria testa. E nos testa! Até que ponto seremos infelizes e lastimosos? Ao ponto de acreditar na mudança vertical. Oh, quão grande são os heróis da nossa tragicomédia inusitada! IRremediada. Apascentada. Sentada em berço esplêndido. Apenas sentada, mais ainda adormecida. A primazia dos gostos individuais se sobrepõe. A insurreição já nasce morta em si. O ideário não é optativo. Vivemos como jacobinos corruptos. A angústia alheia nos mantém lúcidos. Viva a liberdade de expressão! De expressar o quanto somos infelizes. Viva os direitos individuais! Viva a liberdade! (Que o individualismo sepultou com todas as flores. Viva a liberdade econômica! A reprodução do capital nos sacia.) Celebrem os deuses da intolerância e do desamor! Sois bem-vindo ao Reino da Fantasia. Compre seu disfarce. Vista seu uniforme acadêmico, rebelde e fetichista!