[Qualy] Então deixa que eu dirijo Bebi mas não tô louco Pode deixar que hoje eu tô que tô, piloto Pode pá que é pouca ideia e pá, passa o rodo Barulho para o posto Sedan preto fosco Cidade é minha, eu conheço os radar Santana pra Vila Madá Se eu passar tu não vai nem ver Vou parar de enrolar Pacaembu tá vazio Então vai, bota o pé, acelera essa fita aê [SPVIC] Reduzo cinco vidas pela brisa Vê bem como fala Eu bebi mas sou sommelier Tem quem aconselhe ler Gentleman, só Perrier Bon vivant da série de 1-9-9-0 Que segue sem CLT (é quente) Mas é sério, que fita Me difere desses que não sabe o que é viver O arrepio na pele, sem cinto, com a Kelly Key Benção, sigo o waze que evita que eu espere [Spinardi] Então deixa eu viver do meu jeito Tô na febre então passa batido o comando Com a mina assustada no banco chorando Pedindo pro pai parar E eu numa noite de GTA Noite de gala, fuga da pala Cala minha fala na pista que estala e rala o pneu O problema não é meu Minha vista tá quase um breu, como assim?! Fuga de gala na noite, na palha E o fim fica fácil de ver, carro na vala [Qualy] Corpo choca, osso quebra, vidro, caco, quebra laço Vidro corta o peito, estilhaço embaixo do meu braço Rente ao baço, a um passo do fracasso Encontro com seu pavor Cheio de se impor, peito de aço que assou Tempo que parou pra poupar a dor Meu desprezo não vai passar batido Redigido a saga de um roteiro partido De GTI pra UTI Quem se atreveu a ser tão atrevido? [SPVIC] Fugindo desse cárcere É o som servindo o cálice Mísero ultraje Cinco pras quatro (tá tarde!) Um brinde risca a clave Não, não encosta na minha chave Outra cena de Kubrick Sem confundir as leis, ser rude Eu bato o espelho num Jeep Eu subi a Pamplona num Civic Cê me conhece, eu não sei mentir Eu tô suave pra dirigir nesse chamariz de enquadro Re-vi meu passado, o vidro tá embaçado Ignorei, fui errado, pra lembrar internado, porra [Spinardi] Parceiro hoje eu quero viver Já não basta ver tanta desgraça ligando a tevê Mas não quero aparecer Já não basta meu peso nos ombros Um gole da pura pro santo E eu coleciono os escombros E eu faço parte dos contos daquele clichê Que no auge da vida tampou a ferida com Cine Privê Bebida, mulheres, mulheres, volante Na febre mas vou Aumenta o volume da caixa Na pista não olha pro lado, persona bolado que tô (Tá achando que é brincadeira, né, meu chapa?) E agora não adianta chorar o leite derramado no carpete Já não tem mais valor o seu topete Não se mete pois a vida e a morte compete Não tava no set o choro da mãe com semblante, agonia No instante em que a filha pagava um boquete Na pilha de passar no teste Super Homem agora é The Flash Com o destino inseguro da Norte pra Leste Não adianta nada que eu disser Tá difícil de ficar de pé Pro cê vê que você não acredita no mal Mas o mal acredita em você [Qualy] Lá se foi o prazer, a ferida não curou Dava tempo mas é hospital público Plantão do doutor no dia ele sumiu, faltou E agora que a tua mina logo engravidou Vai morando de favor na casa do avô e da avó A mãe que vira o pai, o pai que virou pó [SPVIC, Spinardi e Qualy] Deixa que eu dirijo Bebi mas não tô loco Pode pá que hoje eu tô que tô, piloto E do nada céu claro E não tenho força, eu não tenho carro Eu reparo, hoje eu tô que tô... [SPVIC] Complexo viver Acontece no aniver Não é fixo, é livre Cuidado com o sinal vermelho Compete com si mesmo Sem nexo e guiness Reflexo dos cíveis Cuidado com o sinal vermelho Complexo viver Acontece no aniver Não é fixo, é livre Cuidado com o sinal vermelho Compete com si mesmo Sem nexo e guiness Reflexo dos cíveis Cuidado