Por estas voltas de campo Andei cansando o cavalo... Tocando o gado por diante Mandando a vida pra frente Sabendo que o sul pra gente É bem maior do que tantos Tamanho os olhos dos outros Querendo o verde dos campos Andei rodando esporas Sovando tantas badanas Trazendo junto dos tentos Minha querência em rodilhas Olhando a alma dos campos Renascer junto às flexilhas Mesmo que o verde mais lindo Fique pra lá da coxilha (por estas léguas... - manda cavalo! Mas vai tranqueando por diante Que o mango vem de regalo) Mas ando sempre no tranco Que minha prosa agüenta Pois meu gateado sustenta As coisas quanto ele quer Se tem o mundo por conta Coiceia chirca e se some Trocando a lida de ponta Perdendo a doma dos homens Pra quem olhasse depois Duas estampas pacholas Levando o verde nos olhos E a querência à bate-cola Nem se daria por conta Que o sustento vem da gente E só bebe a melhor água Quem descobrir a vertente (por estas léguas... - manda cavalo! Mas vai tranqueando por diante Que o mango vem de regalo) Só quando a lida me deixa Descubro o mundo que eu vejo Um pouco além da coxilha Tão as coisas que eu desejo Pra dizer bem a verdade São bem iguais às daqui Mas sempre canso o cavalo Só pra dizer que eu vi (por estas léguas... - manda cavalo! Mas vai tranqueando por diante Que o mango vem de regalo)